Deste modo apenas a existência da consciência é pouco para que possamos entender as muitas manifestações da nossa mente, entendendo aqui tudo o que nos escapa à consciência, tudo o que nos aparece como estranho à nós mesmos. Ainda, a maioria do que nos é percebido como conhecido e pertencentes à nós já fora uma vez tida em estado de latência.
Freud coloca que a suposição da existência do Inconsciente se deve ao fato que há alguns atos psíquicos ininteligíveis que podemos eleger como sendo desconhecidos a nós, como os atos falhos e os sonhos em pessoas sadias, e os sintomas e as obsessões em pessoas adoecidas. Tais conclusões desses atos psíquicos ininteligíveis advém da experiência clínica-analítica e que existem até motivos antes mesmo da psicanálise para tal suposição, como por exemplo o trabalho com a hipnose.
A recusa em aceitar a existência do inconsciente, segundo Freud se deve em grande parte ao fato de que esse tema nunca fora antes discutido pela psicologia e que esta consequentemente volta o seu olhar só e exclusivamente para a consciência. Então por isso quando, por exemplo um terapeuta se dirige a um ato falho, ou um sonho sem explicação aparente como sendo sem importância é porque este está pensando e trabalhando com a psicologia do consciente, sem por sua vez se dedicar aos processos do inconsciente.
Allan Álvaro Júnior Santos tagliari
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